Ela pediu para que servissem mais um
dose de whisky, estava ali a horas parada tentando imaginar o que faria agora.
Acendeu um cigarro na noite fria e deixou que a nicotina a invadisse, soluções
não caem do céu – pensou ela, e beber também não resolve muita coisa, mas com
ela as coisas eram diferentes. Uma carta escrita sempre será melhor a luz da
lua com manchas de batom ao canto, do que à luz de uma sala vazia e fria de um
hotel com a parte sóbria de seu corpo funcionando.
E então lá estava ela
escrevendo mais uma carta novamente, estava se considerando já uma escritora de
boteco e ela gostava do título. Antes de fechar a conta e sair do pequeno pub
abarrotado de móveis antigos pediu a ultima dose, “mais uma moça?” perguntou o
garçom intrometido, “a bebida faz a visão se expandir e a insanidade crescer”
disse ela depositando o copo vazio no balcão ao lado de umas moedas e um
guardanapo dobrado marcado de batom, saindo logo em seguida. Um endereço havia
no meio do guardanapo, é claro que ela iria perder a sanidade um pouquinho e se
entregar ao escuro da noite.
Morrendo de saudade de cada palavra que você escreve!!! Vida tão corrida!!! Beijo muito carinhoso, Raphinha!!!
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