Conhecida por ser a terra do Drácula e onde Carlinhos Weasley
trabalhava com dragões, eu não sabia muito o que esperar quando viajei para a
Romênia. Fui em meados de Maio a trabalho, o clima estava bom, não tão calor
durante o dia e não tão frio durante a noite. Acabei visitando duas cidades:
Timisoara e Arad, ambas muito parecidas, só que Arad mais nova e cuidada do que
a outra.
Com o passar dos dias pude notar que um país tão distante do
Brasil, também tinha algumas semelhanças. A Romênia também fazia parte do
território pertencente ao Império Romano, logo sua língua é derivada do latim,
assim como o português. Muitas palavras em lojas e restaurantes eram possíveis
de entender e até uma ou duas durante uma conversa. Os gestos com as mãos, a
fala alta, as risadas e piadas também fazem parte da cultura, assim como o
gosto pela carne e cerveja.
Os prédios me lembravam a grande São Paulo e sua parte
histórica, prédios estes que alguns estavam reformados e outros nem tantos. As
calçadas também me faziam lembrar do Brasil, algumas árvores aqui e acolá, um
matinho na guia, trânsito às sete horas da manhã e problemas políticos.
Para aqueles que me perguntarem o que achei, até ouso dizer
que é uma parte do Brasil na Europa, só que somente com pessoas brancas e sempre
bem vestidas.
Foi uma experiência totalmente diferente, nos Estados Unidos
eu conseguia enxergar um padrão americano nas pessoas. Na Alemanha, quase todos
brancos e loiros de semblante fechado e conversa baixa, mas na Romênia... era
um festival de tamanhos, cores diferente de cabelo, maquiagem, roupas e
sapatos. Há uma característica ali difícil de ser achada, não há um rosto
padrão, assim como não há um no Brasil. E por fim, de todos os países que já
conheci, ali foi o que mais me lembrou minha casa, mesmo não sendo, mesmo eu
não querendo ali morar, mas eu até podia sentir uma familiaridade com o lugar.