Quantos pais, irmãos, esposos, filhos, perdidos. Quantas mães, irmãs, esposas, filhas, perdidas. Foi algo sorrateiro que sem distinção, levou aqueles que mais amávamos. O dia não está feliz, nenhum dia está. Mesmo com o céu azul, tudo parece nublado. E não, não é nem um pouco fácil.
Entretanto, ainda há uma luz. Para
aqueles que acreditam e tem fé. Para aqueles que acreditam que o véu entre os
dois mundos é real, e que todas aquelas almas que um dia juramos amar, estão em
um bom lugar. No nosso verdadeiro lar. Na casa que nosso Criador habita.
Para aqueles que tem fé, quem se
foi deixou um até logo. Isso não diminui a dor, mas consola. O peito ainda
arde, chora, grita, quer explodir. A saudade pulsa em cada canto do corpo,
saudade do que se viveu. Saudade do que poderia ter sido vivido. É isso que
resta sentir. Saudade.
E eu desejo que também luz. Luz
para guiar quem foi. Luz para nos guiar. Porque a caminhada aqui não é fácil e
precisaremos mais do que nunca dessa luz. Para continuarmos andando, seguindo
os dias longínquos que logo virão. Luz, para iluminar dentro de nós também, e com
amor, chegar em nossos corações.