27/12/2016

Incógnita


Aumentei a musica e acelerei o passo até se tornar uma corrida. O que era para ser algo para esvaziar a mente se tornou minha pequena prisão de pensamentos, cada passo uma ideia enraizada enrolada pela musica através de minha mente, cada batida um novo pensamento. Uma confusão de idéias, um turbilhão difícil de explicar e uma vontade inexplicável de que tudo ficasse branco. Que eu pudesse me desligar e minha mente entrasse naquela caixa do nada, onde a paz reinasse, como quando nado; quando tudo o que me importa na água é bater as pernas e sincronizar os braços para não afundar, quando não há espaço para pensar, apenar sentir a água em meu corpo tirando me o calor e meu ouvido mal ouvindo sons no exterior, como puxar todo o ar e mergulhar e ficar lá concentrada em tudo ali embaixo e em nada em cima, como retornar a superfície e inspirar todo ar que conseguir para suprir a necessidade de meu pulmão que já protesta pela falta de oxigênio. Mas não, ali correndo nada disso aconteceu. Só pensamentos e mais pensamentos me invadiam enquanto uma intensa necessidade de corpo e alma cresciam em conjunto com minha vontade de me jogar na água e fazer tudo aquilo passar. Troquei a música, suspirei, aumentei o passo até me sentir exausta, sim, precisava ficar exausta, mas nada disso adiantou, e a ideia de que a vida é uma eterna ironia e que nós somos uma perfeita incógnita não deixou minha mente. 

18/12/2016

Desordem


O pior é quando chego em casa, quando imagino que deveria estar em outro lugar, com você. Sabe, hoje tive que me maquiar para um evento, e por fora eu estava bonita e por dentro uma total desordem. Quando tirei a maquiagem no final da noite, queria estar limpando minha alma também e não só o rosto. Não tem sido fácil, e acredito que para você também não, já estive desse lado da moeda duas, três vezes e sei que é uma merda, é uma dor inexplicável, uma pressão no peito e a pergunta que não sai da mente "Por que eu?" Bem, nem eu sei a resposta para isso. Acho que todo mundo tem que passar por isso uma vez na vida, é uma merda de experiência, mas que acontece e eu realmente sinto muito por eu ser a causadora, e o pior, para aquele que mais amei e amo ainda. Queria ser eu também a juntar os cacos disso tudo, os teus e os meus também. Espero que um dia possa me perdoar ou compreender. Espero que deixe esse sentimento sair, que as coisas se acertem. Espero que encontre a felicidade e ainda tenho uma pequena esperança de que eu ainda possa te fazer sorrir. 

10/12/2016

[Resenha] Finale (Hush Hush) - Becca Fitzpatrick


Finale, escrito por Becca Fitzpatrick e último livro da série hush hush, em minha opinião, é diferente dos anteriores – desta vez temos muito mais ação, mas sem perder o romance.
Nora é a nova líder do exército nefilim (presentinho de seu pai biológico) e tem como missão (ou ela morre) liderar o exército contra os anjos caídos, só tem um pequeno detalhe: Patch, seu namorado é um anjo caído – mas nem isso é capaz de separa-los.
“Sempre que a dúvida e a tristeza invadiam minha mente, tudo o que eu precisava fazer era pensar nele. Não sabia se tinha feito a melhor escolha todas as vezes, mas de uma coisa eu não tinha dúvida: tinha acertado com relação a Patch. Não podia desistir dele. Nunca.”
E nesse meio todo, Marcie, sua arqui-inimiga da escola, decide morar em sua casa; sua melhor amiga, Vee, descobre que não é humana e Nora se vê temporariamente viciada em artes do mal. – Como se não fosse suficiente, alguém que jamais Nora esperaria está tentando roubar seu posto de líder no exército nefilim, e tentando conseguir vencer esta facada nas costas, uma ideia perigosa surge e Marcie consegue estraga-la mandando todos os anjos caídos para o inferno.
“Eu amo Patch! Sempre vou ama-lo! Prometi a ele que ficaríamos juntos gritei dentro de minha cabeça, porque as palavras eram duras demais para serem ditas. Elas arranhavam minha garganta como se fossem unhas.”
Nora arrasada, e a guerra começa – os anjos caídos conseguem sair do inferno com a ajudinha de um nefilim, e por sorte Patch não ficou para trás. A luta não foi fácil, mas alguém tem que ganhar e quase sempre os mocinhos ganham – mas nunca sem uma grande perda. 
E para acabar a serie e concluir esse amor épico, Becca ainda usa um pouco de ousadia, e isso só cabe a Patch, com certeza.
“Você veste essas roupas para impressionar” – falei em tom de aprovação.
“Não, Anjo. [...] Eu tiro a roupa para impressionar”.
 
Páginas: 303


Nota: 5 estrelas