10/01/2015

[Resenha] Livro As Crônicas de Nárnia


As Crônicas de Nárnia é um dos melhores livros que já li, e como já fiz as resenhas de cada Crônica, vou falar no geral agora. Este livre é um volume único no qual possui sete crônicas:

·         O sobrinho do mago;
·         O cavalo e seu menino;
·         O príncipe Caspian
·         O peregrino da alvorada;
·         A cadeira de prata;
·         A última batalha.

A história de Nárnia começa quando Polly e Digory se encontram num lugar escuro, sem vida, e então aparece Aslam (um Leão dourado, irradiando um certo tipo de luz, com grandiosidade) tudo começa a nascer, qualquer semelhança não é mera coincidência, já que foi Deus que criou nosso mundo. Temos até uma macieira, mas o conceito muda um pouco em relação ao fruto proibido. Os primeiros humanos a morarem em Nárnia se tornam rei e rainha, dos quais toda a população humana neste mundo mágico descende deles.
Em como todo local bom, existe o mau, desde o primeiro dia da existência de Nárnia a Feiticeira branca já está lá, nos mostrando a separação das trevas e das luz. E todo o mal não prospera, então temos a ida de quatro filhos de Adão e Eva para dar a Nárnia esperança novamente. O livro parece não só ser envolto no Cristianismo, com também na Magia, uma vez que aparecem animais mitológicos. Vemos também o sacrifico de Aslam, que é ligado a morte e ressureição de Cristo. E claro que no final vemos o bem prosperando e temos o que chamados de Era do Ouro, que foi o reinado de Pedro, Edmundo, Lúcia e Susana. Durante o reinado deles, mas em O cavalo e seu menino, conhecemos um pouco sobre a Calormânia e em como são um povo cruel e servem a um deus chamado Tash, que é totalmente o oposto a Aslam.


Em o príncipe Caspian os telmarinos tomam Nárnia e passam a morar lá, nos mostram o quanto o homem pode ser cruel e em como muitos seres podem perder a esperança e podem recorrer ao mal em sua falta de fé. Voltam então os quatro filhos de Adão e Eva para este mundo mágico, onde ajudam Caspian a tomar o poder, que era seu por direito. Apenas Lucia consegue ver Aslam, porque ela é pura e cheia de fé. Vemos novamente que o mal não prospera e em toda vitória, a perdas.


No Peregrino da Alvorada vamos um pouco além, o Rei Caspian sai em busca dos sete fidalgos perdidos, passam por aventuras fascinantes e Lucia, Edmundo e Eustáquio se juntam a eles. Ouvimos falar desde o País de Aslam, para onde tanto Ripchip quer ir, até estrelas que podem ter formas humanas. Nesta aventura Eustáquio é mau e mesquinho e aprende após uma provação que não deve ser uma pessoa ruim. No final da aventura Ripchip consegue ir para o País de Aslam, o qual Este o diz que uma vez lá, jamais poderá retornar. Hora de Lucia, Edmundo e Eustáquio voltarem para o nosso mundo, mas antes se encontram com um Cordeiro, perto do País de Aslam, o qual depois de um tempo se transforma no próprio Aslam, interessante não? Lucia e Edmundo partem sabendo que jamais poderão voltar, mas Eustáquio volta em sua próxima aventura em Nárnia, junto com sua colega Jill e recebem uma missão – encontrar o filho perdido de Caspian: Rilian. O mal em A Cadeira de Prata tem forma de uma mulher que é feiticeira e pode se transformar em uma serpente verde. Esta crônica é uma de minhas preferidas apenas pelo final ser estupefato: Jill e Eustáquio antes de retornarem ao nosso mundo se encontram em uma das colinas do País de Aslam, e encontram Caspian já morto. Aslam pede que lhe espetem a pata e quando o sangue dele começa a escorrer, Caspian começa a se tornar jovem até estar em sua melhor idade. Jill e Eustáquio então retornam para o nosso mundo, e Caspian passa a “viver” no País de Aslam.


E para encerrarmos esta aventura, temos o último rei de Nárnia: Tirian. Vemos nesta crônica o mal tomando conta, os animais enganados, os Calormanos se aproveitando e um nome citado a todo tempo: Tash. Como tudo que começa, uma hora termina, e foi neste meio que Nárnia foi acabando. Os reis e rainhas do nosso mundo aparecem (justamente por causa de um acidente de trem), os animais que nunca perderam a fé, mesmo sendo enganados são poupados e todos são levados a uma Nárnia maior, mais cheia de vida, mais grandiosa. Aslam explica que tudo de bom dito ou feito em nome de Tash era na verdade para Ele, e tudo de ruim feito ou dito no nome de Aslam, era para Tash – pois os dois são o oposto e Tash “cuida das coisas ruins”. Todos os Narnianos e os “Ajudantes de Nárnia” seguem uma corrida para um monte, onde há um Jardim com portões de ouro. Lá dentro quando Aslam começa a falar com todos, pouco a pouco vai deixando de ser Leão, e o autor apenas finaliza dizendo que não poderia descrever, tamanha era a grandiosidade, mas que um dia todos poderão conhecer.



Apenas citei algumas partes que nos levam a pensar no Cristianismo enquanto lemos este livro, mas há passagens de Magia também, no que em meu ver, magia não é totalmente relacionada com o pessoal lá de baixo. O livro é fantástico e vale a pena ser lido – até por quem é ateu, porque as histórias são fantásticas. Existem mais “ligações” no livro, mas apenas lendo para saber.
O livro se encerra com C.S Lewis contando “3 maneiras para escrever para crianças”, que é excelente também.

Páginas: 750.
Nota: 5 estrelas. 

04/01/2015

O pior cachorro do mundo

Ninguém espera chegar em casa depois de ter passado o natal na praia e receber uma má noticia - mas foi isso o que aconteceu. Eu lembro do primeiro dia dele em casa, os primeiros brinquedos e a primeira mordida que levei também. Ele não era uma mal cachorro, talvez incompreendido, mas não era mal. Parecia normal ele latir e chorar quando iria chover ou quando estouravam rojões, talvez só não fosse normal ele morder tudo e quebrar várias coisas. Ele piorava a cada dia, mas alguns cães são assim, não? Talvez fosse a idade, porque apesar de o tempo passar, não parecia que ele fosse envelhecer, e mesmo notando a barbinha branca e os olhinhos começando a acinzentar, ele sempre ia ser meu primeiro cão, novo e saudável que já tinha destruído vários ursinhos meus em brincadeiras. Então, ao chegar da praia no dia 26 recebo a noticia, ele havia partido. 12 anos. Tinha se machucado no natal e desde então teve vários ataques epiléticos. O coração já estava parando. Não suportou nem ao soro. E isso é foda pra caralho. Mesmo sendo o pior cão de todo o mundo, sinto a falta dele ao olhar para o meu corredor, e mais falta ainda ao ver o olhar triste da minha outra cadelinha. Parece que ele foi ao veterinário e vai voltar ao qualquer momento, e ai minha cadelinha vai latir e pular de alegria. Mas só parece. 

P.S: Feliz ano novo a todos.

Raphaela Barreto