22/07/2017

Esperança


A moça na janela
Cortina de renda acarinhando os braços
Violeta é companhia, em vasinho de barro meio rachado
Nos dedos, os negros cachos,
Sossegada cascata que o vento aprendeu a desarrumar
Seus ombros baixos, sustentam a leveza do afeto
E a mão no queixo quase encobre seu quase sorriso
No horizonte os olhos brilham em espera, e se perdem ao piscar
Se perdem ao contar as horas, os dias, as nuvens, as flores, as batidas do coração
Seus ombros baixos, agora mais baixos, envoltos na negra cascata
Sobre a mão, o sorriso já é quase suspiro. Doce espera
E ela, dorme
A moça na janela.
Bárbara Paloma
Do blog, Degradê de Palavras, super indico esse cantinho.
Obrigada por ter participado da Promoção 101, 

6 comentários:

  1. E quem espera desespera
    que não sendo o caso
    acredita... ~_`````

    Bom e feliz fim de Semana
    Beijinhos

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  2. Gostei, quase não se vê mais moças na janela.
    Confesso que adoro uma janela rs....


    bjokas =)

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  3. Quanta alegria ver esse poema tão especial no teu blog! 'Esperança' é auto retrato, é a própria esperança que vejo, que sinto, que levo comigo.

    Foi um prazer participar da promoção!

    Abraço carinhoso!
    Bárbara Paloma

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    Respostas
    1. Fico feliz que gostou, o prazer foi todo aqui do My Life.
      Beijos!

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