A chuva era constante lá fora, nem forte
e nem fraca. O céu acinzentado e o uivo do vento revelava o pouco frio que
assolava as ruas. Em minha frente perto da lareira lá estava ele, usando a
camisa xadrez que eu dera de presente a ele em tempos remotos. O olhar cálido e
verde me encarando revelava o desejo ardente de nossa pele, mas ainda não era
hora. Levantei-me e fui em sua direção sorrindo, ele retribuiu o sorriso e
mesmo depois de tanto tempo havia um descompasso em meu coração ao olha-lo
sorrir. Peguei-lhe a mão e ele sem questionar, me seguiu até fora de casa. A
chuva empapava nossas roupas, cada gota gelada revigorava e então brincamos de
ser crianças uma ultima vez.
Raphaela Barreto
Abril
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