25/06/2013

Resenha: A menina que roubava Livros

A história tem como narradora a morte, pode parecer estranho, mas é isso que torna tudo mais interessante – ela nos conta de forma objetiva e envolvente a vida de Liesel Meminger, uma jovem que fora adotada quando criança pela família Hubberman. O cenário é de uma Alemanha Nazista em que ser judeu era errado, e Liesel faz um amigo judeu que a chama de Sacudidora de Palavras e com ele vive aventuras em um porão escuro e frio. Do outro lado da rua mora seu melhor amigo, Rudy Steiner, e futuramente seu amor interrompido. Liesel partilha tudo com Rudy e ambos desenvolvem uma atividade preferida: Roubar. Para ele apenas a comida importa, para ela os livros. Liesel percebe a importância das palavras e que esta foi uma arma do Führer para conquistar o povo. Enquanto isso Morte faz seus próprios poemas e relata algumas histórias de guerra, a visão que temos dela no livro é bem diferente da que estamos acostumados, ela diz estar fazendo hora extra graças ao Führer e que gostaria de tirar férias, mas ninguém pode cobrir o lugar dela.

O que eu achei: Com certeza foi um dos melhores livros que já li até hoje, a forma da escrita se torna envolvente juntamente com a história e o fato de acontecer na Alemanha Nazista se torna ainda mais instigador para a leitura. O final é surpreendente e acredito que não fui a única a chorar.

Nota: 10.

21/06/2013

Infância

"Éramos crianças e ansiávamos por crescer, agora a infância parece um bom lugar para morar. "
Raphaela Barreto.

19/06/2013

Adeus



O céu está cinza e me vejo perdida sem ao menos saber pra onde ir.
Quero uma casa, um abraço apertado e um café sobre a mesa.
Sentir o coração acelerado em êxtase.
Uma fogueira lá fora crepitando enquanto o calor emana daqui de dentro.
Mas na estrada em que me encontro, sobre as finas gotas que caem, sem nem poder olhar para trás,
Sinto os fantasmas chegando, e deles não vou escapando.
Queria seu abraço apertado, sobre um manto prateado ao som de Bom Jovi no rádio.
Queria não estar à milhas de ti só com o vento para me fazer companhia.
Como queria.
E no caminho que sigo, de todos me desligo, para dizer um adeus pela ultima vez.

Raphaela Barreto

17/06/2013

Brasil


O Brasil está finalmente acordando, despertando de um sono que durou tempo demais. Pessoas saindo nas ruas e exigindo seus direitos, lutando e mostrando que não é o governo quem manda, e sim o povo. O povo põe no poder, o povo tira. O povo escolhe. O povo descobre, reconhece, se mete. A nação desperta para os olhos do verdadeiro Brasil, corrupção, má distribuição de renda, hospitais e escolas públicas em decadência, pessoas passando fome, impostos altos, e nosso dinheiro? No bolso dos idiotas de terno. Temos mesmo que sair na rua empunhando cartazes e dizer o que pensamos, sem medo, o país é nosso e nele quem comanda somos nós. Chega de fingir que está tudo bem e passar a mão na cabeça dos que se fingem coitadinhos, brasileiros nascemos, brasileiros seremos. Verás que um filho teu não foge a luta.

11/06/2013

Momento


O café quente sobre a mesa, a janela rangendo, a TV ligada e a casa fechada.
Um corpo esquentando o outro como agasalhos, a serenidade expressa no sorriso de cada um.
Sorrisos, lembranças, velhos sentimentos.
Um barulho de coruja do lado de fora, enquanto tocava Johnny Cash aqui dentro.
E o amor que foi deixado para depois, agora era centro das atenções.

Raphaela Barreto

06/06/2013

Me ame


Por favor, me ame sóbrio. Me ame de manhã, de tarde, de noite e de madrugada. Me ame com chuva, neve, sol e tempestade. Me ame nos meus dias bons e nos meus dias chatos. Me ame chata. Me ame na TPM. Me ame com sinceridade. Não me enrole. Me ama somente quando tem problemas ou precisa de ajuda? Me ame sem problemas e, se eles surgirem, te ajudo, te empurro, te levo no colo, te empresto lenço de papel para enxugar as lágrimas e te deixo deitar na minha barriga. Te faço um cafuné. Mas me ame. De verdade. Não apenas fale, mas mostre.

03/06/2013

Sombras


Olhei-o e avaliei-o, o cabelo bagunçado e o sorriso davam um ar de mau. Sorri para ele deixando que nossos corpos se envolvessem, deixando que o frio ficasse lá fora e seu perfume ficasse em meu corpo. Não pensei em nada, porque estar ali era o que eu queria e depois de tempos finalmente eu podia sentir alguma coisa, me sentir bem e completa, mesmo sabendo que as sombras lá foram cedo ou tarde me chamariam.