A primeira nota que tenho a fazer sobre o livro “A Cidade do Sol” de
Khaled Hosseini é: tenha um estomago forte para ler. Se você já se comoveu com
O Caçador de Pipas, as coisas ficam piores neste livro de Khaled.
O autor nos
conta a história de duas afegãs, que não tem nada em comum desde sua criação. Mariam
mora apenas com a mãe, uma vez que seu pai tem vergonha de assumi-la como filha
por ter sido fora do casamento e aos 14 anos se vê obrigada a casar com um
sapateiro que mora em Cabul e que faz jus ao significado contemporâneo da
palavra “machista”. Confesso que durante esta narração (e durante todo o livro)
fui obrigada a parar algumas vezes e retomar a leitura alguns dias depois,
tamanha era minha indignação e agonia.
Agora vamos para Laila, a caçula da
família cujo pai é professor e a educa para ser uma mulher livre e com
direitos, enquanto as coisas vão bem com seu pai, para sua mãe ela parece ser
invisível, uma vez que ela só se preocupa com a volta dos filhos da guerra,
esquecendo todo o resto a sua volta, incluindo Laila e o marido. Por sorte
Laila tem um amigo inseparável, Tariq, o qual cresceram juntos e promete trazer
muitas reviravoltas e emoções durante a história.
Enfim nossas duas protagonistas tem seus destinos unidos devido a
guerra, e então, como será esse encontro? E em quais circunstâncias? A partir
deste encontro as emoções no livro triplicam e você fica em dúvida entre
atira-lo na parede, chorar, rir ou querer ir no Afeganistão buscar todas as
mulheres para cuidar.
Foi um livro que me fez enxergar a cultura afegã de forma
diferente, inclusive sua religião, com pontos positivos e negativos e que me
faz cativar pelas personagens e sempre almejar o melhor para ambas.
É um livro excepcional e que com certeza recomendo para todos aqueles
que estão dispostos a abrir a mente e o coração, e a se aventurar e chorar
nesta história cheia de surpresas e reviravoltas e com um final surpreendente.
Páginas: 365.
Estrelas: 5.