Ela andava em reconstrução, olhando
para os cantos que pareciam estar vazios, mas estavam cheios. Olhava as
pessoas que encontrava no seu caminho até chegar até a aconchegante
biblioteca, e via frases estampadas, citações expostas que davam vida e
muitas vezes falta de vida em algumas pessoas.
Tirou
calmamente um pedaço todo amassado de papel, um embrulho de uma velha
carta, que haveria ganhado a muito tempo. Hoje seria o dia, hoje seria o
momento, depois de treze longos anos a única coisa que permanecia
dentro de si eram as palavras daquela carta e a esperança de que tudo
estava da mesma forma.
Entrou
calmamente pela velha sala, se sentou sobre a última mesa. E ficou por
um momento ali olhando para as lembranças. Por um momento sussurrou
brava, e indignada.
-Não acredito o que estou fazendo aqui?
Realmente
sair milhares de quilômetros, uma viajem tão cansada, para cumprir uma
promessa era algo tolo e sem valor, "não devemos confiar tanto nas
pessoas" dizia ela. Mas era ele. Sempre foi ele. Uma lágrima repousou
sobre a carta, por anos tentou fugir e hoje tudo o que ela mais queria
era ter ele perto, era poder fazer com que a ampulheta do tempo voltasse
e recolhesse todas as rosas que ela havia jogado fora enviadas por ele.
-Você
veio. -Uma voz balbuciava por detrás dela, uma voz que havia mudado que
de fina, havia se tornado grossa, o que era jovem, havia se tornado
homem. Ela virou calmamente sua face e pode perceber ele estava lindo, e
seu sorriso demonstrou, que sua promessa havia se cumprido: "Te amarei
para sempre".
Texto de Karine Cassol,
do blog Dreamer
Perfeito não?
Ah os textos da Karine são perfeitos! Esse então é muito lindo, *--*
ResponderExcluirBeijos!
rascunho-errado.blogspot.com