Vira e mexa eu vivo anotando palavras chaves que podem ser
supostos títulos, para meus futuros textos. E sempre, repito, sempre me pego
olhando essas palavras, tentando, frustradamente, arrancar um sentimento que já
não existe. O que era pra ser dito, era pra ser dito naquela hora. Não ontem,
não hoje, não amanhã. Agora. É difícil acreditar que temos o nosso futuro,
definitivamente, nas nossas mãos. Imaginou o medo? Deixar escapar por um dia,
por um momento, o que poderia ter sido um nascimento. Talvez seja esse o maior
temor dos escritores, deixar escapar sua palavra. Vivemos eternas lutas
tentando escrever onde não se deve, tentando decifrar o que não se pode,
tentando obter o sentir do amado e, quem sabe, tentando curar a dor de um amor
amargo.
Saber que todos os dias, assim que acordar, irá
olhar no espelho e se perguntar o que realmente quer da vida, “Quer
mesmo continuar com essa luta, garota? Desista”, e nós loucos,
persistíamos. Persisto. Persistirei.
Escrever é uma verdadeira luta, temos que nos
revestir de empolgação e gerar, todos os dias, frutos emocionais em guerras por
aventuras. Temos que galopar na nossa imaginação e sair a procura de histórias
que ficaram passadas, relíquias informacionais. Um pirata descobre seu ouro em
um baú enterrado a milhas de distancias, um escritor descobre seu tesouro com
uma mera informação de uma criança. Desse jeito, com o simples ato da vida, que
se da vida. Um escritor descobre seu tesouro todos os dias, só que é mais
difícil do que simplesmente navegar e cavar, nós, temos que nos atentar. Uma
relíquia pode estar no cair de uma folha, ou no suspiro de um bebe. Uma
relíquia, ou um best-seller por assim dizer, pode inusitadamente, se habitar em
seu próprio sorriso ao entardecer.
Desculpe se algum dia roubamos sua ideia, uma
frase engasgada que uma vez, por você foi anulada. Mas somos roubadores mesmo,
roubamos a poesia do dia a dia, roubamos a essência de um olhar para poder
notar cada experiência, experimento da vida. Roubamos, mas devolvemos, porque
não somos ladrões de almas, só somos ladrões de corações. Tudo bem, o só não
lhe convêm, foi só pra te curar, roubamos para ajudar. Roubamos para, quem
sabe, conseguir fazer “te amar”.
O nosso mapa do tesouro são as historinhas de
dormir e a famosa espada, nosso eterno lápis. E o navio? O navio é nosso papel,
ou para os mais modernos como eu, uma tela de um computador. Não se preocupe,
eu não vou fazer você pular na prancha, apenas tirar seu tapa olho.
Quem sabe assim consiga fazer você viver outras
vidas.
Perfeito, tão eu. Amei, e identifiquei-me imenso.
ResponderExcluirBoa noite querida :)
E estupores
ResponderExcluirque enfiam o condão
da patranha
e amarram seja que coração....na leitura
Brinco nos desejos de um resto de semana feliz
xoxo de aqui Bonita~_*
Identifiquei-me tanto com este texto, está simplesmente perfeito. Adorei :D
ResponderExcluirhttp://ummarderecordacoes.blogs.sapo.pt/